Se há coisa
que me vai despertando o interesse é o tema da produtividade…Todos já ouvimos
ou lemos, que Portugal tem das mais baixas médias da União Europeia, no que diz
respeito à produtividade, e que isso acaba por tornar ainda mais problemática a
posição económica do país.
Ora, o que
acontece, em consequência desta avaliação (pseudo) é que vem sempre à “baila”,
associação à remuneração…Sendo a observação sempre a mesma, “não se pode aumentar o salário, sem que se aumente
a produtividade”.
É pois neste
campo que fico, perplexo com algumas das redundâncias argumentativas que são por
vezes utilizadas, sejam elas baseadas nos critérios, ou, da falta de
pontualidade, ou no não cumprimento de regras essenciais e/ou no baixo grau de
exigência no trabalho, por exemplo…Não me parece pois que na grande maioria das
vezes, quando ocorre o inverso, exista o devido reconhecimento. Isto porque a
relação laboral, acaba por estar dependente de vários factores, onde desde
logo, destaco a forma de Pirâmide, ou seja, de cima para baixo, onde
primeiramente e à cabeça, devem ser colocados todos os recursos a disposição do
profissional, de modo a que este seja competitivo e produtivo.
Sendo certo
que existem direitos e deveres, também é real que existe uma maior necessidade
de criar nas organizações um maior envolvimento que origine as condições para o
desenvolvimento das competências tendo como finalidade uma maior produtividade.
Um dos muitos
exemplos, que há, é a dicotomia entre a produtividade nacional e, diria,
a produtividade internacional (emigrantes), sabe-se que na sua grande
maioria os portugueses “lá fora”, são tidos como dos mais competentes,
produtivos logo, exemplares…Deixo assim uma questão: Porque Será?
Outro dia li,
um estudo realizado por uma universidade europeia em que revelava que a
felicidade é o principal indicador para uma maior produtividade. Tal estudo,
indicava que o factor felicidade, advinha do facto do emprego se ter tornado um
bem escasso, logo quem tinha um vínculo estável, seguro em que o mérito fosse
reconhecido, era feliz, sendo assim e desde modo…produtivo.
Num mundo
global, onde a competência, a gestão do tempo e a inspiração em forma de
superação, acabam por ser factores chaves e diferenciadores, agora passamos a
ter o item…da felicidade.
Mas será que
esta Felicidade laboral, decorre somente e como dizia o estudo do facto de:…Temos
emprego, somos uns felizardos!...Não me parece que esta questão deva ser vista
desta forma, assim tão linear. Pois o que interessa ter-se um emprego se não se
possuir os outros pilares, da construção humana…como sejam, o campo social, da
família, do lazer, resumindo a tal estabilidade que permite um grau aceitável
na qualidade de vida!
Vejo assim e
de um modo amplo esta nova forma de encarar o desempenho laboral:
Deste modo é de todo essencial que se
perceba o que está em jogo, onde a motivação nos seus vários quadrantes, deve
ser tida como fundamental, pois desencadeia equilíbrios e empatias
organizacionais.
O caminho a percorrer até à felicidade
nem sempre é fácil e justo, mas quando for verdadeiramente alcançado passará a
ser o reflexo do esforço e da dedicação…Que venham as utopias!